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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Fundamental
Fundamental é se sentir livre, cheio de desejo e não transformar tudo em jogos de disfarces. É não tornar o passível de concretude em ilusão, mesmo quando as coisas não estejam exatamente do jeitinho que queremos. Fundamental é amaciar ao invés de recrudescer porque o tombo pode invariavelmente ser nosso.
Fundamental é sorver o acaso de olhos fechados e coração aberto sem tentar consertar o mundo porque às vezes o sonho é real e somos nós que não entendemos. É deixar a pele falar pelo que é consciente e controlado. É fazer o sorriso fluir independente do caminho percorrido, porque tem momentos em que a loucura de simplesmente se deixar levar pode abrir as portas de sentimentos puros, genuínos e adormecidos.
Fundamental é ir na contramão, fugir do que é obtuso. Fundamental é recriar, reconhecer, reinventar porque a geografia está para a distância assim como as horas estão para a ansiedade. É fundamental ter vontade.
Fundamental é valorizar sem definir. É prospectar ao invés de se entregar ao preconcebido. Fundamental é perceber o entorno a partir da graça e da singularidade que o entorno tem; sem comparações... Porque forma e função são diametralmente opostas, basta olhar com olhos de ver...
Fundamental é ter a ousadia dos vencedores e a paciência dos que sabem onde não querem chegar porque em vários momentos a pressa nos leva a atalhos, e estes a desenganos e a abismos que só nos apontam as limitações, impedindo os avanços.
Fundamental é se deixar ser feliz. É deixar alguém feliz por nós e conosco. É fazer acontecer sendo justa e somente quem somos. É fundamental não evitar, não se segurar, não resistir e deixar a saudade de alguma coisa nos impelir na direção contrária à da solidão.
Fundamental é equilibrar o que se tem e o que se quer oferecer porque nem sempre o apego alheio está no que é obvio e aparente, mas sim no que está por trás e pode ser muito mais atraente.
Fundamental é, no silêncio da noite, apostarmos no dia seguinte. É abrir-nos para a gama de possibilidades humanas porque o fantástico não é divagarmos, mas sim voarmos nas brumas do infinito na direção de nós mesmos.
Fundamental mesmo é se deixar ser, é se deixar viver. É deixar bater livremente o coração nessa imensidão de tempo e espaço que é nossa vida.
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