Saúde, Paz, Harmonia...

Prefiro as Convicções mutantes
Às incertezas constantes

Palavras que o vento não leva...

Clarice Lispector. "... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso."
Confúcio: "O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo."
Madre Tereza de Caucutá: "É inadmissível nos permitirmos que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz."
Paulo Freire: "A subjetividade muda no processo de mudança da objetividade. Eu me transformo ao transformar. Eu sou feito pela história ao fazê-la."
Sartre: "o importante não é o que fizeram de mim, mas o que eu faço do que fizeram de mim."
[autor]: "Palavras categóricas e ásperas são sinal de uma causa infundada."
Madre Tereza de Caucutá: "Não ame por beleza, pois um dia ela acaba, não ame por adimiração, pois um dia pode se decepcionar. Ame apenas, pois o tempo nunca poderá apagar um amor sem explicação."
Diamante: "A pessoa que briga por uma única verdade, na realidade está defendendo sua mentira!"
Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Oscar Wilde: "Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos."

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Erótico


Afunda o dedo teso na carne dura glútea contraída. Serpenteia o corpo e enrosca a língua macia e doce e quente na orelha fria. Estala a cama que suporta o peso variável do corpo em movimento que testa a estrutura sólida de inveja. Desalinha o lençol que desenha as letras do desejo em um texto inteligível e indecifrável.

Transborda o calor sob a luz fraca do abajour. Abre a boca na sombra gêmea imitadora. Serpenteia o corpo. Puxa, beija, aperta, morde o peito na superfície rósea que se treme, se assusta e se esconde sob a saliva. Respira enquanto o frio desce a espinha. Vira por cima. E torna a virar. Novamente.

Pede, manda, comanda. Encomenda o cío. Deixa brigar as mãos ora tortas, atentas, desmedidas, metidas, que esticam e esfoleiam a pele misturando dor ao desejo que impele. Serpenteia o corpo deixando trabalhar as mãos entorpecidas, caídas, cansadas, atenciosas, que trazem arrepio em sua passagem riscando a pele com as unhas sem-vergonhas, a língua de fora entre os dentes. Sacana.

O suor escorre. Descreve o caminho salgado que desce e molha. Mistura. Lambuza. Azeita a engranagem. Flexão. A cabeça que pende encanta com os olhos. Entranha. Estranha. Adentra. Apanha. Arfa. Abre. Acopla. A boca canta. Pulsa. Expulsa. Acolhe.

Explode.

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